
A crescente adoção de dispositivos conectados em casas inteligentes traz conveniência, mas também expõe os usuários a riscos de segurança e privacidade.
Esses equipamentos, ao se conectarem à internet, podem ser alvos de ataques cibernéticos.
Hackers podem explorar falhas em câmeras, sensores e assistentes virtuais para acessar dados pessoais ou monitorar hábitos domésticos, o que compromete a privacidade dos moradores.
Além disso, dispositivos desatualizados ou mal configurados representam uma porta de entrada para invasores que podem roubar informações sensíveis, como senhas e dados bancários.
Esses riscos se agravam quando os dados coletados pelos dispositivos são armazenados na nuvem sem criptografia adequada, expondo usuários a potenciais vazamentos.
O impacto de tais falhas vai além de invasões de privacidade: inclui perdas financeiras, roubo de identidade e até riscos físicos, como o controle remoto de fechaduras ou câmeras.
Para evitar esses problemas, os usuários devem:
- Manter dispositivos atualizados
- Adotar senhas fortes
- Alterá-las com frequência (mensal, bimestral ou trimestral)
- Usar autenticação de dois fatores
Uma senha forte deve seguir os seguintes critérios:
- Comprimento: Deve ter, no mínimo, de 8 a 12 caracteres. Quanto maior, melhor.
- Variedade de caracteres: Inclua letras maiúsculas, letras minúsculas, números e símbolos especiais (@, #, $, etc.).
- Aleatoriedade: Evite padrões óbvios, como “123456”, datas de nascimento ou palavras comuns.
- Unicidade: Cada conta deve ter uma senha exclusiva, evitando repetições entre serviços.
- Imprevisibilidade: Evite informações pessoais, como nomes, aniversários ou endereços.
- Frases longas: Considere frases criativas que combinem palavras, números e símbolos.
Para ajudar, visto que sabemos ser difícil seguir estas regras todas:
- Escolha uma palavra aleatória pouco usual de uns 6 ou 8 carácteres.
- Deixe uma das letras do meio desta palavra em maiúsculo.
- Adicione a ela um símbolo especial no começo, fim ou meio.
- Adicione no começo, meio ou fim da palavra um número.
Para cada serviço, você pode usar um número diferente, e manter o resto.
A cada 3 meses, some uma quantidade já combinada com os outros usuários: 1, 2, 3…
Por exemplo:
Palavra escolhida: gravidade
Se transforma em: grA3vida@de
Toda vez que for mudar a senha de um serviço, some o número pré-combinado ao número contido na palavra, assim, as pessoas já saberão de antemão qual será, mesmo sem você precisar avisar.
Se a primeira palavra for grA3vida@de
A seguinte será grA6vida@de, se escolherem sempre somar +3.
Faça esta alteração a cada 3 meses por exemplo.
A cada ano, no máximo, altere a senha totalmente, palavra, regras de números, letras maiúsculas, tudo!
É claro, nunca anote uma senha, envie por mensagem ou fale por telefone.
É disso que falávamos quando usamos o termo “ter malícia”.
Assim, é possível aproveitar os benefícios da tecnologia sem comprometer a segurança.