O gaslighting corporativo é uma forma sutil e nociva de manipulação psicológica no ambiente de trabalho, em que gestores, colegas ou líderes fazem com que um colaborador duvide da própria percepção, memória ou sanidade.
O termo deriva da peça teatral "Gas Light", de 1938, e popularizou-se para descrever situações em que alguém é sistematicamente levado a questionar sua realidade.
No contexto profissional, isso pode ocorrer quando preocupações legítimas são constantemente desconsideradas, distorcidas ou rotuladas como exagero.
Um exemplo comum acontece quando o colaborador denúncia comportamentos abusivos ou práticas injustas e recebe como resposta que está sendo "sensível demais", "paranoico" ou que "não entendeu bem a situação".
Outro sinal é quando metas ou orientações mudam constantemente, mas o profissional é responsabilizado por não alcançá-las, mesmo sem clareza prévia.
Também é típico o uso de feedbacks vagos, ambíguos ou contraditórios, que fragilizam a autoconfiança e favorecem o controle emocional sobre a vítima.
Esse tipo de manipulação mina lentamente a autoestima, gera insegurança crônica e favorece o adoecimento mental, como ansiedade, depressão e síndrome de burnout.
O colaborador passa a duvidar das próprias habilidades, se retrai e evita levantar problemas — exatamente o que o agressor deseja: manter o controle e silenciar vozes críticas.
Para identificar o gaslighting corporativo, observe se suas percepções são frequentemente invalidadas, se você se sente confuso após interações com líderes e se evita expressar opiniões por medo de retaliação sutil.
Empresas éticas e saudáveis reconhecem a importância do bem-estar emocional dos seus times e oferecem canais confiáveis para escuta e resolução de conflitos.
Gaslighting no trabalho não é “drama”: é uma forma grave de abuso emocional institucionalizado. Reconhecer os sinais é o primeiro passo para buscar apoio e restaurar sua autonomia.
Saiba aqui mais sobre o assunto e informe-se acerca de providências cabíveis.