Como tudo começou?
Embora o termo “inteligência artificial” só tenha sido cunhado oficialmente em 1956, a ideia de máquinas pensantes é muito mais antiga.
Como campo de estudo e atuação profissional, a IA tem pouco mais de um século de existência.
Suas raízes estão profundamente entrelaçadas com diversas áreas do conhecimento humano, refletindo uma busca antiga por compreender — e replicar — o pensamento.
As origens multidisciplinares da IA
Desde os primeiros questionamentos filosóficos sobre a mente até a criação dos primeiros autômatos, a IA se desenvolveu a partir do cruzamento entre:
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Filosofia, que inspirou os primeiros debates sobre lógica, consciência e raciocínio;
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Matemática, base para os algoritmos e modelos formais;
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Engenharia, responsável por dar forma física aos conceitos da IA;
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Psicologia, que influenciou a tentativa de simular comportamentos humanos;
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Ciências, com foco na observação e no uso sistemático de dados.
Foi essa interdisciplinaridade que, no final do século XX, deu origem à Ciência da Computação, hoje uma das principais bases técnicas para o desenvolvimento da IA moderna.
Linha do tempo da Inteligência Artificial
Década de 1940
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1943: McCulloch e Pitts criam o primeiro modelo matemático de um neurônio artificial.
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1949: Donald Hebb propõe o conceito de redes neurais que aprendem com a experiência.
Década de 1950
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1950: Alan Turing publica “Computing Machinery and Intelligence”, propondo o famoso Teste de Turing.
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1956: Conferência de Dartmouth marca o nascimento formal do campo da IA, com o termo sendo usado pela primeira vez por John McCarthy.
Década de 1960
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Avanços em linguagens de programação específicas para IA (como o LISP).
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Desenvolvimento dos primeiros programas capazes de resolver problemas matemáticos simples.
Década de 1970
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Surge a primeira “inverno da IA” após altas expectativas e resultados limitados.
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Sistemas especialistas começam a ganhar destaque em ambientes corporativos.
Década de 1980
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Popularização dos sistemas especialistas, usados em medicina, finanças e diagnóstico industrial.
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Avanço nas pesquisas sobre redes neurais, apesar de limitações computacionais.
Década de 1990
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A IBM lança o Deep Blue, que derrota o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em 1997.
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Início da integração da IA em softwares comerciais e mecanismos de busca.
Década de 2000
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Crescimento exponencial de dados e poder computacional impulsiona novas técnicas.
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A IA começa a ser usada em reconhecimento de voz, imagem e recomendações online.
Década de 2010
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Ascensão do machine learning e do deep learning, com avanços em tradução automática, carros autônomos e assistentes virtuais.
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A IA passa a fazer parte do cotidiano em smartphones, redes sociais e serviços personalizados.
Observação: Esta linha do tempo não inclui eventos após 2020.